A perseguição do governo comunista na China continua a oprimir os cristãos. O pastor da principal igreja da cidade de Hangzhou, região leste da China, foi preso, sob acusação de peculato. A prisão foi uma represália contra o pastor, que se opôs à decisão do governo de retirar as cruzes que sinalizam os templos de igrejas.
Segundo informações divulgadas pelo G1, o pastor Gu Yuese foi detido pela polícia local, sob acusações de peculato e “outros crimes econômicos”.
Os protestos de Yuese foram uma resposta à campanha realizada pela província de Zhejiang, cuja capital é Hangzhou. Na campanha, é pedida a retirada das cruzes do topo dos prédios das igrejas, em uma clara demonstração de preconceito e perseguição religiosa. A igreja dirigida pelo pastor protestou, em maio passado, contra a medida – um ato raro, já que, na China, a igreja é controlada pelo Estado.
O caso de Gu Yuese não é o único. Semana passada, um pastor foi condenado a 14 anos de prisão, também por peculato, depois de se opor à retirada das cruzes das igrejas. A esposa dele também foi condenada, a 12 anos de prisão.
A China é o 33º país que mais persegue os cristãos no mundo, segundo a agência Portas Abertas.
Por Mariana Gouveia
Foto: christiansinpakistan.com